Anatel, sou contra!
- Tomada de subsídios sobre franquia de dados na banda larga fixa.
Em resumo, querem
legitimar uma “maldade” com os consumidores/internautas
do Brasil. Mas objetivamente, fazendo uma “referendum” por meio da consulta pública pela Internet, vão autorizar os poucos provedores de Internet banda larga no Brasil a cobrar por volume de dados nas rede fixas e móveis.
do Brasil. Mas objetivamente, fazendo uma “referendum” por meio da consulta pública pela Internet, vão autorizar os poucos provedores de Internet banda larga no Brasil a cobrar por volume de dados nas rede fixas e móveis.
Veja as operadoras
compram banda determinística e vendem banda estatística, ou seja,
compram no atacado e vendem no varejo. Tiram proveito a não
linearidade dos clientes (a maioria de nós não fica ligado 24h por
dia transmitindo ou recebendo dados na capacidade máxima contratado,
sem parar, portanto, a empresa vende para muitos a mesma “janela”
de oportunidade. É o mesmo que o “overbook” das empesa de
transporte, pois muitos que compram bilhetes sem data fixa raramente
aprecem juntos para viajar. Assim como quem tem um restaurante, ele
deve equilibrar a quantidade de mesas e funcionários não pelo
momento de pico mais pela média mensal de movimento irá à
falência, pois terá muitas mesas vazias e funcionários ociosos a
maior parte do dia.
Hoje em dia, um
provedor consegui contratar um link de 1Gbps por US$2,000 por mês de
um provedor internacional que será revendido para até 500.000 mil
assinantes residenciais de 10Mbps no nosso país, que representa uma
receita média de R$25mlhões se considerarmos uma assinatura básica
de R$50 por mês, ou seja, 500.000.000% de retorno bruto!!!
Foi
lendo o livro Telecosmo de George Gilder onde ele prevê como o
acesso a banda “infinita” (ie. Ilimitado – cobrança pela
capacidade e não pelo volume de dados) vai revolucionar o mundo,
motivo pelo qual considero um crime “leso pátria” permitir que a
população do nosso Brasil venha mais uma vez a ficar na margem do
desenvolvimento do mundo moderno para atender a capitalistas
selvagens sem limites éticos. Não basta a falta de respeito com o
cidadão no dia-a-dia, a corrupção galopante, os desmandos,
impostos abusivos, e a falta do essencial para qualquer cidadão (ie.
saúde, educação, alimentação, moradia, entre outros), mas querem
agora segregar o acesso ao “conhecimento” aos poucos
privilegiados que poderão pagar a conta dos provedores insaciáveis.
Como disse o Santo Papa Francisco: “...quando
o copo está cheio, de repente fica maior e seu conteúdo nunca chega
aos mais necessitados...”.
Vivemos
realmente uma era onde a coisa pública é ineficiente e sujeita a
corrupção, e a coisa privada não possui limite ou parâmetro ético
para nortear a boa prática. É uma questão cultural.
Limitação
de Largura de Banda, ou Bandwidth Throttling, é o retardo
intencional de um serviço de internet por um provedor de acesso à
internet. Este ato é considerado, pela ONU, crime contra os
Direitos Humanos.
A
Organização das Nações Unidas – ONU condena a
partir de agora, nações que limitem o acesso à Internet para
impedir a circulação de informação e que promovam violações aos
direitos humanos (desde detenções arbitrárias até torturas e
execuções) e que reprimem a liberdade de expressão.
O
Conselho de Direitos Humanos da ONU, emitiu em 04 de Julho de 2016. A
organização reafirma que “os mesmos direitos que as pessoas
possuem ‘offline’ deve ser protegidos online’”, sobretudo o
direito à liberdade de expressão, coberto pelo artigo 19 da
Declaração Universal dos Direitos Humanos (UDHR, na sigla em
inglês).
Já
a neutralidade da rede no Brasil é uma obrigação dos provedores,
de acordo com o Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014). A lei
estabelece que o responsável pela rede deve “tratar de forma
isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo,
origem e destino, serviço, terminal ou aplicação” (art. 9º). O
dispositivo prevê também os casos em que pode haver exceção à
regra, tais como em situações de emergência.
Portanto,
limitar o volume de dados é ofensivo aos princípios de neutralidade
da rede, ética e direitos básicos dos cidadãos, que já pagam caro
por um serviço deficitário e recheado de restrições.
Tome uma posição e diga a Anatel que você é "contra".
Tome uma posição e diga a Anatel que você é "contra".
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